terça-feira, 29 de março de 2011

Crenças...













É preciso que acreditemos em um Deus justo, que prega um

relacionamento de amor, confiança e respeito entre os homens, não importando o gênero das pessoas envolvidas. A condenação bíblica da homossexualidade é baseada , pura e simplesmente, na ignorância humana, pois claramente denota que se trata de um problema de escolha, de uma rebelião deliberada contra Deus. A essência da religião bíblica é sua pretensa segurança e confiança tão somente nas Escrituras, lida e interpretada literalmente. Infelizmente, a maior parte dos originais se perderam e restaram cópias, muitas delas mal feitas, destes originais. O problema maior é que a leitura

literal nega a análise histórica aprofundada.

Ao ler a Bíblia como se Deus a tivesse escrito utilizando
uma forma de "redator cósmico", os fundamentalistas
ofuscam a verdadeira imagem de Deus: um Pai Universal que
age na história da humanidade através de pessoas de carne
e osso, como Moisés, Esther, Abrãao etc. Esta crença
alcança sua máxima na doutrina cristã, que afirma ser
Cristo a encarnação do Deus-vivo. Mais uma vez Deus se
utiliza da carne para transmitir sua palavra. O encontro
do humano com o divino, do histórico com o eterno, é
essencial para o Cristianismo.

Os Fundamentalistas analisam o sentido literal da Bíblia
e não o contexto histórico da formação textual. Ao
rejeitar a necessidade do contexto histórico, eles
afastam a história da questão religiosa e, ao
negligenciar a história por trás da Bíblia, tentam
apreciar as questões dos dias atuais, afirmando possuir a
Verdade de Deus.

Quando se analisa uma passagem bíblica, deve-se observar
sua linguagem original, autor, propósito, gênero
literário, formação e contexto histórico-cultural. Deve-
se, primeiramente, determinar o antigo propósito do texto
antes de diferenciar suas implicações para a situação
atual. Ou seja, muitas das passagens antigas podem não
responder às questões atuais, pois foram formuladas num
momento cuja situação nada tem a ver com o atual. Ao
desprezar o ente humano e depreciar o histórico, algumas
religiões fundamentalistas separam o quesito "humano"
e "divino", traindo a essência da visão cristã.

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